MOTIVAÇÃO ERRADA
Paulo logo depois afirma que quando os irmãos se reuniam, não era para ceiar e sim para se fartar de comida e bebida (v. 20, 21). Eles não se reuniam para estar na comunhão do Corpo de Cristo e sim para estar em “cominhão”. Quem chegava primeiro tratava logo de se fartar, não se importando se sobraria alguma coisa para quem ainda não havia chegado. Assim quem chegava primeiro comia tudo e se embriagava e quem chegava depois ficava com fome e sede. Ambos estavam errados. Os primeiros porque pareciam porcos, glutões e bêbados, chafurdando na lama; e os segundos porque também não tinham entendido nada sobre o significado da ceia. Estavam com fome porque também achavam que a ceia era um tipo de “boca livre” e iam para o encontro sem terem se alimentado antes. Paulo os adverte claramente sobre não ser aquele o local próprio para se comer ou beber (v. 22). A diferença entre o primeiro e o segundo grupo é tão somente que o segundo grupo chegou atrasado. Se estes tivessem chegado primeiro a história teria se repetido da mesma maneira, pois eles não tinham a compreensão do significado da ceia.
Mas você pode estar pensando: mas e os irmãos que não tinham verdadeiramente o que comer? Na verdade eles também estão incluídos no grupo que achava que a ceia era uma grande “boca livre”. Uma bela oportunidade para tirar a barriga da miséria. Mesmo que apenas por aquele dia. Mas apesar disto, Paulo não absolve os irmãos que não pensam nos que nada tem. Ele ainda os questiona se eles com esta atitude não “menosprezam a igreja de Deus e envergonham os que nada tem?” (v. 22).
Na verdade este pode não ser o caso nos dias de hoje, pois a ceia é distribuída em pequenas doses de vinho e pedaços de pão que dão para todos participarem. Mas será que apesar disto todos compreendem o que estão fazendo? Será que todos têm a motivação correta? Ou será que estamos vivendo a mesma história, apenas com fatos diferentes? Vivemos dias em que o EUvangelho tem sido fortemente pregado pelos seus profetas. Estas pessoas participam não somente da ceia, mas também de todas as atividades da igreja como se nada estivesse acontecendo ao seu redor. Não conseguem reparar se um irmão ou outro esta com alguma necessidade, seja ela qual for. Só reparam quando é para falar mal, para apontar e criticar, se colocando assim em uma postura típica de um fariseu. É um “sepulcro caiado” que também não entendeu nada sobre a ceia.
Lembro-me de uma cena de um filme que assisti chamado “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, onde em um culto um irmão leva até o seu pastor a idéia da igreja ir evangelizar e realizar ação social em um lixão. O pastor levou a idéia a igreja e ninguém quis ir. Logo depois o pastor convocou a igreja para trazer comida e refrigerante para comemorarem no mesmo dia o aniversário de uma irmã fofoqueira, que acreditava em ETs, e dormia o culto inteiro. Resultado: uma algazarra. Todos, com exceção do irmão que deu a idéia do evangelismo e sua família compareceram a “boca livre”. O irmão foi com sua família para o lixão.
Lembrando-me de outro filme: “O super-crente II”. Houve uma mensagem de arrependimento aos irmãos que usavam máscaras de crentes felizes e abençoados, mas na verdade eram hipócritas. Alguns destes irmãos se arrependeram. Mas uma personagem me chamou atenção. Tratava-se de uma irmã que ao final da mensagem falou ao seu líder: “ a irmã fulana tinha que ouvir esta palavra”. Além de não prestar atenção na própria vida, vivia perseguindo uma irmã a ponto da mesma se entristecer e desanimar; e participou da ceia no mesmo dia tranqüilamente. Lembra bem o fariseu que ao orar no templo, se gabava de si mesmo e se comparava com um publicano que na sua oração só fazia se humilhar (Lc. 18: 9-14).
Meu amado irmao Marcelo A falta de conhecimento da Igreja a respeito da Santa Ceia, é algo muito assustador. O conceito que ela tem acerca da Santa Ceia, é completamente contrario, quando comparado com os princípios bíblicos. É necessário fazermos um exame da nossa consciência, a fim de avaliarmos o nosso nivel de pureza.
ResponderExcluirLuciana Mônico.