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sábado, 21 de dezembro de 2013

Um ano de Mudança e Mudanças.

     No dia 16/12/13, completamos 1 ano de nossa mudança para a Região dos Lagos. Queria muito escrever algo sobre isso, mas minha querida esposa fez uma linda publicação no Facebook. Por isso, resolvi transcrever o texto na integra.



    Ano passado nesta mesma data estávamos de malas prontas vindo para São Pedro da Aldeia. Dentro de nós um sentimento de saudades, receio, medos e dúvidas. Porém, decididos a enfrentar um novo rumo.
O que esperávamos deste lugar??? Nada, absolutamente nada.
O desconhecido sempre vira um monstro não é mesmo?? Bate um vazio, um desamparo, parecendo que algo foi perdido. 
Mas no meio do deserto Deus mais uma vez se manifesta, provando que Ele vai conosco em todos os lugares, nunca nos deixando sós!!!
É assim que Deus fez e continua a fazer. Dia após dia, vem cuidando de cada detalhe de nossas vidas e nos mostrando que no meio do nada Ele faz TUDO.
Posso contar os meus dias durante este ano nesta cidade, posso lembrar cada mês que se passou e sentir a mão Deus operando. Posso dizer que este foi e é o ano em que Deus me mostrou como contar os meus dias e valorizar pessoas.
Quero muito agradecer àquelas pessoas que se permitiram ser usadas pelo Senhor:
Renata Fagundes Falcão, Luciano Falcão, Renata D. de PaulaMichele DutraEber DutraAnna Claudia AssunçãoPaulinho CabralRaphael CostaLuciana Berardo,Deise Dias e Felipe DiasVanderson Widmer e Verônica, Katsue Barreto e Ricardinho Bombeiro. Pessoas estas que se fizeram tão presentes mesmo estando tão distantes. Vcs me apoiaram e me ajudaram durante o começo de um ano difícil, sei que posso contar com vcs o tempo todo. Vou leva-los sempre comigo!!!
Também preciso ressaltar amigos que Deus me acrescentou, pessoas que antes eram desconhecidas e hoje são mais chegados que irmãos: Adriane Rosa Medeiros,Carlos Eduardo LabisSilvana RamosLuiz Ricardo. Vcs hoje fazem parte da minha vida.
Existe duas pessoas que Deus me ensinou a amar, através de exemplo deles, na prática eu vi o que é liderança e discipulado. Eles não pregam, eles fazem. Familia Felix, tão presentes em minha vida. Carlos FélixFátima FélixBianca Félix e Erica Felix. Amo a vida de todos vcs!!
Deus Tu és maravilhoso e nunca desampara os seus. Mesmo sem merecer as suas misericórdias se renovaram todas as manhãs em nossas vidas. Tua graça, o teu amor e consolo não nos deixaram ser consumidos. Tu és um Deus de providência. Todo louvor e toda glória sejam dados a Ti!!!
# Alguns versículos que Deus me deu ao longo deste ano:
" Melhor é o fim das coisas do que o seu príncipio..."( Ecl. 7:8) Deus mostrando que uma fase de nossas vidas tinha terminado e outra se iniciava, um começo duro e áspero, mas que o final seria abençoado.

" As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus que dá a ultima palavra" (Prov. 16:1)

" O teu principio na verdade, terá sido pequeno, porém o teu ultimo estado crescerá em extremo" ( Jó: 8:7) Ainda que vc não acredite agora, vc estará melhor do que esteve antes!!

"... Se vcs não tiverem uma fé firme, não poderão ficar firmes" ( Isaías 7:9)
______________Esse é o Deus que eu sirvo!!!


                                                                              Flavia Neves

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Primeiro Capítulo do livro "NEVE NO DESERTO": A Escuridão da Dúvida

     Depois de postar a introdução do meu livro "NEVE NO DESERTO", estou postando agora o primeiro capítulo.

     “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Porventura tendo Ele dito não o fará, ou tendo falado não o realizará”?
(Números 23:19)

A ESCURIDÃO DA DÚVIDA
     Abraão, que até então se chamava só Abrão, estava no meio da sua parentela quando Deus lhe fez uma promessa de fazer dele uma grande nação. Este homem já com seus 75 anos e com sua esposa, uma mulher de 65 anos e estéril, cumpriu a ordem de Deus. Saiu do meio da sua parentela e foi para a terra que o Senhor disse que daria a ele e a sua descendência (Gn. 12:1-9). Eu estava lendo o livro “Seis horas de uma sexta-feira”, de Max Lucado, em um capítulo onde o autor fazia uma abordagem de uma passagem da vida de Abraão que se encontra no texto de Gênesis 15, que por “coincidência”, eu havia acabado de ler. É o texto em que Deus, tendo chamado Abraão para fora de sua tenda, lhe prometeu que a sua descendência seria como as estrelas do céu (v. 5). Abraão creu nesta promessa e isto lhe foi imputado como justiça (v. 6).      Mas no verso oito, Abraão aparece com o que seria uma ponta de dúvida: “Ó Senhor Deus, como saberei que hei de herdá-la?” A partir do verso nove Deus dá uma direção para Abraão. Ele deveria tomar alguns animais e partindo-os ao meio deveria formar uma espécie de corredor com as partes dos mesmos, dispostas frente a frente. Aves de rapina apareceram e desciam sobre os corpos dos animais, mas Abraão as enxotava (v. 11). Muitas vezes, em nossas vidas, independentemente de que tipo de deserto estamos passando, o diabo lança suas “aves de rapina” para nos atrapalharem justamente quando estamos esperando obedientemente algo da parte de Deus. Essas aves de rapina vêm com sofismas para nos fazer desviar da direção que Deus inicialmente nos deu. Abraão não recebeu nenhuma resposta imediata de Deus. Só uma ordem, que até então pode nos parecer estranha. Mas ele simplesmente obedeceu. Quando as aves apareceram, ele tratou de enxotá-las e continuou esperando. Qual a atitude que temos tomado quando Deus nos dá uma ordem simples e quando estamos esperando dEle uma ação? Deixamos as “aves de rapina” se intrometerem e nos desviarem do caminho estabelecido por Deus para nos ensinar, ou as enxotamos incansavelmente e permanecemos na posição? São questionamentos importantíssimos que devem ser respondidos antes de prosseguirmos, pois no verso 12 vemos que Abraão, já caindo de sono, foi cercado de grande pavor e densas trevas. Eu estava passando por este momento justamente quando lia este texto bíblico, estava apavorado, com medo e sem esperança. E, na verdade estava repetindo o questionamento de Abraão: “Ó Senhor Deus, como saberei que hei de herdá-la?” Abraão e Marcelo, cada um com seu questionamento, mas com a mesma escuridão da dúvida a cercá-los.
     Quando o Senhor começou a falar para Abraão o que iria fazer, a partir de então, com ele e a sua descendência (v. 13-16), chegou a parte do texto em que, ao ser descortinada a revelação de Deus, caíram as escamas dos meus olhos e eu pude entender a verdade bíblica que já havia lido inúmeras vezes e não tinha entendido. “Ao se pôr o sol, houve densas trevas, e um fogo fumegante e uma tocha de fogo apareceram, e passaram por aquelas metades” (v. 17). Eu não havia compreendido nada, mas meu amigo Abraão sabia o que estava acontecendo. Já tinha visto esta cena diversas vezes, mas encenadas por homens. Fiquei imaginando qual teria sido a reação de Abraão ao assistir àquela cena.
Ao perceber o significado daquela cena fui cheio de temor e tremor. Na verdade eu fiquei apavorado por dias, por causa da força do que aquele momento assistido por Abraão significava. Naquela época a palavra empenhada por um homem tinha muito peso. Principalmente diante de testemunhas, pois a quebra deste acordo traria, com certeza, algum tipo de conseqüência ao que a quebrou. Quando dois homens queriam fazer um pacto, uma aliança, eles pegavam os animais (cordeiros, ovelhas, etc.), e tendo dividido-os ao meio, formavam um corredor com as partes dispostas frente a frente. Então passavam pelo meio deste corredor de animais despedaçados repetindo qual era a aliança que estava sendo feita e afirmando que acontecesse o mesmo com eles, que aconteceu àqueles animais se não cumprissem a palavra empenhada. Claro que, isto tudo, comumente diante de testemunhas. Mas mesmo que não houvesse quem assistisse ao fato, a aliança era feita diante de Deus. Deus mesmo valida esta palavra em Jeremias 34:18, quando diz que: “Entregarei os homens que violaram a minha aliança, que não cumpriram as palavras da aliança que fizeram diante de mim, tratá-los-ei como o bezerro que dividiram em duas partes, e então passaram pelo meio das duas porções”.
     Se você ainda não entendeu, vou explicar melhor: o fogo fumegante e a tocha de fogo eram na verdade o próprio Deus passando por entre as partes dos animais e fazendo aliança com Abraão. Era como se a cena estivesse acontecendo comigo e Deus passando entres as partes dos animais e fazendo aliança. Era como se Ele dissesse: Ei, Abraão! Ei, Marcelo! Olhem aqui eu falando de um jeito que vocês homens entendem. Que aconteça comigo o que aconteceu a estes animais se eu não cumprir a minha palavra. Tremo e temo só de escrever isto, pois é forte demais. “Deus não se deixa escarnecer” (Gl. 6:7). “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Porventura não tendo ele dito não o fará, ou tendo falado, não o realizará?” (Nm. 23:19). O que ele prometeu ele vai cumprir, pois “tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus” (Fl. 1:6). Ou seja, “Aquele que começou a boa obra é fiel para terminá-la”. Ele fez uma aliança com Abraão, Ele fez uma aliança com Marcelo, e Ele fez uma aliança com você. O cordeiro que foi partido foi Jesus. Partido, moído e sacrificado uma única vez para que Deus fizesse uma aliança com os homens. Uma única, definitiva e eterna aliança. Todas as outras estão incluídas nesta.
     Outra coisa que vale a pena ressaltar é que, segundo alguns historiadores, ao se fazer esta aliança a pessoa passaria por entre as metades dos animais fazendo o formato de um oito deitado. Lembrando um pouco das velhas aulas de matemática na escola, o oito deitado é o símbolo do infinito. Ou seja, Deus fez uma aliança infinita, eterna, sem fim, para sempre. E Ele passou sozinho, mostrando mais uma vez que Ele é fiel para cumprir e que o homem não teria condições de passar por esta aliança. Deus fez pelos dois, pois “Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não havia outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo...” (Hb. 6:13). Para não dizer que Abraão não entraria com nada nesta aliança Deus instituiu a circuncisão, que era bem mais simples. Hoje Deus não quer de nós uma circuncisão física, mas no coração (Cl. 2:11).
     Então logo depois daquela visão tremenda, “naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão (Abraão)...” (Gn. 15:18), e assim acabaram as trevas da dúvida.

sábado, 31 de agosto de 2013

Introdução do Livro "NEVE NO DESERTO"

       A partir de hoje, estarei postando a introdução e o primeiro capítulo do meu livro "NEVE NO DESERTO" lançado em 2011 pela Editora Multifoco. Segue a baixo a introdução, e o primeiro capítulo será posta no decorrer da semana.

       “O Senhor certamente consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados; Ele fará o seu deserto como o Éden, e os seus ermos como o jardim do Senhor. Gozo e alegria se acharão nela, ações de graça, e som de cânticos”.
(Isaías 51:3)


INTRODUÇÃO

       Logo após um infarto, aos 36 anos de idade, tendo outras pessoas em idades próximas falecido pelo mesmo motivo, veio uma grande crise. Apesar de vários médicos avaliarem a situação diante de exames altamente positivos, o medo se instalou. O medo, irmão da dúvida, primo da incredulidade. Todos estes parentes vieram junto com o mais velho deles: o sofisma.
       O dicionário diz que sofisma é: 1. Argumento que, partindo de premissas verdadeiras, ou julgadas como tal, chega a uma conclusão absurda, mas difícil de ser refutada. – 2. Raciocínio vicioso, cuja base repousa num hábil jogo de palavras; é um argumento sedutor, aparentemente correto, mas na realidade falso, destinado a induzir o interlocutor a erro. – 3. Engano, logro. Entendemos também pelo mesmo dicionário que sofismar é: 1. Enganar ou lograr através de sofismas – 2. Encobrir com razões falsas. – 3. Distorcer um assunto, dar aparência de verdade ao que é falso (Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa -1990). Conhece alguém que age assim? Claro, o inimigo de nossas almas. Ele age assim desde começo. Persuadiu um terço dos anjos a segui-lo, e depois no Éden, como já sabemos, foi a vez de Eva. Ele mostrou para ela o que ele queria que ela visse. A parte atraente da coisa e apenas isso. “Você será como Deus...”. Que tentador para a vaidade humana que já despontava. Logo depois, já seduzida, Eva fez o resto.
       E Satanás não parou por aí. Vemos vários casos na Bíblia, mas talvez o mais absurdo fosse quando tentou sofismar o próprio Senhor Jesus, quando este jejuava no deserto. O inimigo tentou o Filho de Deus utilizando a própria Palavra de Deus, e Jesus o derrotou utilizando também a Palavra (Mt.4:1-11; Lc. 4:1-13). Então, é assim que ele age para nos envenenar: ora usando um fato positivo, mas que bem trabalhado traga a coisa para o seu lado; ora usando fatos ruins que acontecem conosco. E para isso ele usa inclusive pessoas próximas. Imagine um jovem que luta para se libertar das drogas, mas está sempre recorrendo ao vício. Pois para este jovem tem sempre outra pessoa, de preferência bem próxima, que diz assim: “você não tem mais jeito, é melhor esquecer...”. Esta mensagem é um sofisma que leva a pessoa a crer que realmente não há possibilidade de mudança. Igualmente, uma pessoa pode chegar e lhe dizer que a sua realidade financeira não é a que vive, que precisa mudar de quadro, ganhar muito dinheiro e ser feliz, custe o que custar. E a vítima deste sofisma se enrola em negócios, por muitas vezes ilícitos, e dívidas impagáveis. Argumenta: afinal “se o Brasil deve, porque eu não posso? Deus sabe que eu sou bom...”. Este acabou sofismando a si mesmo.
       Voltando ao meu caso. Mesmo o Senhor falando fortemente comigo, e trazendo a revelação da sua Palavra, e também usando alguns irmãos, a escuridão da incerteza se instalou. Quanto tempo mais eu teria de vida? E minha família, como ficaria? Medo, dúvida, incredulidade. Prato feito para os sofismas do inimigo entrarem em minha mente para me destruir. Passei dias lutando contra isso, alternando momentos de alegria e esperança e, de repente, do nada, murchava. Já estava ficando chato. Voltei três vezes ao hospital passando mal, e depois de serem feitos exames, foi constatado que não era nada. Sentia-me envergonhado e inútil. Um guerreiro de Jesus, que já havia enfrentado grandes batalhas, muitas vezes em socorro a outros,
caía na minha própria guerra pessoal. Mas uma coisa falou forte em minha mente e no meu coração: a guerra não iria parar por minha causa. Eu é que tinha que me recuperar e voltar a ela.
       Mas há também a escuridão da dúvida. Ela chega sorrateira, de mansinho, e se instala. Como anoitecer no deserto, onde uma vez anoitecido, fica escuro mesmo. Passamos em nossas vidas por alguns tipos de deserto: financeiro, de saúde, etc. O importante é que, seja qual for o motivo que nos levou a ele, o fim é sempre o mesmo: aperfeiçoamento. Alguém um dia disse que o deserto é a escola do Espírito Santo.                 Devemos entender que quando entramos em um deserto, devemos nos aquietar, e atravessá-lo. Sabendo que Deus estará conosco o tempo todo.
      Aquietar. Esta palavra é chave neste processo todo e a inspiração e motivação em Deus em escrever sobre este assunto. E é sobre isso e outros aprendizados do deserto que resolvi escrever.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Liderança com Propósitos 4 - Unidade e Visão (Parte 2)

Ninguém pode tirar o seu dom, mas o que falta em você é o desígnio, a tarefa, a visão de outra pessoa. É por isso que a visão é interdependente e nunca pode ser cumprida no isolamento. Ela pode ser em fases, transferida por gerações, mesmo sendo pessoal, mas precisa de outras pessoas para ser cumprida, pois ela na é privada.
Há um segredo para uma visão ser bem sucedida. Não existe nada na terra mais poderoso do que a unidade. Satanás odeia a unidade. Quando o povo está unido nada pode pará-lo. Por isso a visão é tão importante. A unidade não é a uniformidade. Isso é muito importante. Você que está lendo este texto pode não ser da mesma denominação que eu, mas podemos estar unidos por uma visão. A visão é maior que as denominações, do que meus desejos pessoais. Se você quer um casamento forte, não peça a deus amor, mas sim visão. Isso vale para seu ministério também.
 Os dois maiores inimigos da visão são: Em primeiro lugar a vista e depois a divisão. Palavras que comoçam com o prefixo “DI” significam divididos em dois. A palavra visão vem do grego “OPTICA” e significa uma visão única. Então entendemos que a palavra “DIVISÃO” significa duas visões no mesmo lugar. Impossível ter unidade. Para se destruir uma Casa, uma empresa, uma cidade, uma nação, é muito fácil. Basta que haja divisão em seu meio. “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (Mateus 12:25). Uma palavra que muitos não entendem, ou não gostam é “SUBMISSÃO”. Esta palavra significa “estar debaixo da missão de alguém”. O Diabo gosta de sugestionar as pessoas com pensamentos deste tipo: “Quem ele(a) pensa que é”,eu também posso fazer isso, e até melhor”, “Deus também fala comigo”. Miriã e Arão estavam na linha de frente junto com Moisés, mas também foram acometidos deste tipo de pensamentos. A Bíblia diz que a ira de Deus se acendeu contra ela. Ela era a irmã mais velha. Ela o alimentou, cuidou dele. Ela sabia de suas fraquezas. Mas a visão foi dada a Moisés e ela tinha que se submeter, estar com ele, ajudá-lo. Deus quis matá-la colocando nela uma lepra, porque ela iria causar uma divisão à visão de Deus. Ela iria causar uma divisão que destruiria aquele ministério, aquele povo. “Ora, falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuchita que este tomara; porquanto tinha tomado uma mulher cuchita. E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. Ora, Moisés era homem mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. E logo o Senhor disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Saí vos três à tenda da revelação. E saíram eles três. Então o Senhor desceu em uma coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou a Arão e a Miriã, e os dois acudiram. Então disse: Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, a ele me farei conhecer em visão, em sonhos falarei com ele. Mas não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa; boca a boca falo com ele, claramente e não em enigmas; pois ele contempla a forma do Senhor. Por que, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim se acendeu a ira do Senhor contra eles; e ele se retirou; também a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã se tornara leprosa, branca como a neve; e olhou Arão para Miriã e eis que estava leprosa” (Números 12:1-10).
Muitas vezes o marido tem uma visão, mas a esposa tem uma carreira. Ela não abre mão e causa uma divisão. Eu não estou sendo machista, de maneira nenhuma. Acho mesmo que as mulheres precisam estudar, trabalhar, buscarem suas conquistas pessoais. Porém em um casamento deve haver unidade, e nós já vimos aqui que não há unidade com duas visões em um mesmo local. O que acontece em muitos casamentos é que os sonhos pessoais estão acima da visão de Deus para aquela família. Muitas vezes a visão não é dada ao marido, mas sim a esposa. Lembre-se que o anjo não veio primeiro a José, mas a Maria. O propósito de Maria era ser mãe do Filho de Deus. Deus sabia que José seria mais “cabeça dura”, mas trataria particularmente com ele depois. José deveria se submeter a visão de Deus dada a Maria. Assim como Sara teve que se submeter a visão de Deus dada a Abraão, mas ela riu primeiro e Deus tratou particularmente com ela depois. Isso é unidade. Duas visões em um casamento é igual a divórcio.
Jesus estava passando sua visão aos seus discípulos. Ele disse que iria padecer, morrer e dpois ressuscitaria. Pedro se levantou e disse que de maneira nenhuma Jesus passaria por isso. Jesus irou-se e repreendeu o diabo que estava em Pedro. O Diabo queria implantar duas visões àquele grupo através de Pedro.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Liderança com Propósitos 3 - Unidade e Visão (Parte 1)


Qualquer negócio de sucesso (seja ele empresa, organização, família, igreja, nação) depende de duas coisas fundamentais: VISÃO e UNIDADE.
Nós já vimos que todos nós nascemos com um propósito. Propósito é a razão pela qual você nasceu. Visão é quando você vê tal coisa. Todo ser humano vê o seu propósito, mas eles não creem. É por isso que é importante entender a visão. O maior dom que Deus deu ao homem não é a vista, mas sim o dom da visão. Isso acontece porque a vista é uma função dos olhos, mas a visão é uma função do coração. A vista mostra o que é, mas a visão mostra o que poderia ser. A visão é a fonte da esperança. A visão é o fundamento da coragem. O inimigo da tua visão é a tua vista. A vista é limitada pela capacidade dos olhos. A visão é limitada pela sua imaginação. A vista te limita ao presente, mas a visão te mostra o futuro. A vista é limitada, mas a visão é poderoso. Nunca confie na sua vista, pois você não foi criado para viver pela sua vista, mas pela visão. A visão é fonte da esperança, é a semente da fé e o fundamento da coragem. Quando alguém tem uma visão, ninguém pode Pará-lo. Paulo falou sobre isso: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas” (2Cor. 4:18). Em hebreus 11:1 vemos a seguinte afirmação: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. A Bíblia nos ensina a viver não pelo que vemos, mas pela fé. A não vivermos pelo que nossa vista nos mostra, mas a vivermos pela visão. Os seus olhos podem te desmotivar, te deprimir, mas a visão te impulsiona, te faz prosseguir, avançar. Para de viver pelos seus olhos.
A visão é a capacidade de ver além do que os seus olhos podem ver. A visão é a capacidade de ver o invisível. Salomão disse que “Onde não há revelação, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado” (Prov. 29:18). Ou seja, sem visão o povo perece. O que ele quis dizer com isso? Podemos tirar cinco lições desta afirmação:
1- A visão é mais importante que o visionário. Salomão não disse que sem um líder o povo perece. Os líderes passam, mas a visão permanece.
2- A visão dá ao povo propósito e sentido. Não é o líder que reúne as pessoas, mas a visão que opera através dele. Conheço ministérios que começaram através da visão de um líder, mas depois que este faleceu as pessoas não se dispersaram. Elas continuaram com aquele trabalho, com aquela visão apesar de terem um novo líder. O que os reunia não era o líder, mas a visão.
3- Sem visão o povo não tem disciplina. O texto que lemos de Provérbios diz que sem a visão o povo perece. A palavra perecer tem o sentido original de perder a disciplina própria. Ou seja, sem a visão o povo perde a disciplina, o controle, a concentração. A visão cria a disciplina.
5- a visão é a fonte da unidade corporativa. A chave para a unidade não é a uniformidade. A chave da unidade é a visão. A visão é sempre pessoal, mas ela nunca é privada. Deus nunca deu uma visão a um grupo. Ele sempre deu uma visão a uma única pessoa. Mas a visão pessoal deve ser cumprida de uma forma corporativa. A visão não pode ser cumprida em isolamento. Ela precisa das pessoas para ser cumprida. A visão dada a Jesus pelo Pai era pessoal. Ele tinha uma missão, mas começou treinando uma equipe que trabalharia com Ele até depois de sua partida.
A visão que Deus nos deus depende da visão que Deus deu a outras pessoas. Ele criou a interdependência para nos ensinar a permanecer humildes. Não importa quão grande sejam as nossas ideias, nós precisamos de outras pessoas para cumpri-la. Moisés tinha uma missão pessoal que era libertar o povo da escravidão no Egito. Quando ele viu um egípcio oprimindo um israelita ele ficou irado. Quando vemos algo que está errado e queremos corrigir, isso nos deixa irados. Isso tem a ver com a visão pessoal. Você nasceu para corrigir aquilo que você reclama. Se voe ainda não sabe para que nasceu, identifique o que te deixa irado.
Toda vez que Jesus se deparava com o a opressão do pecado ele ficava irado. A Bíblia diz que Ele era movido por compaixão. Compaixão é a ira correta. Se você consegue viver tranquilamente fazendo coisas que te agradam, você ainda não encontrou seu propósito. O propósito te deixa desconfortável, te deixa irado. Moisés era um príncipe do Egito. Ele tinha tudo, mas quando viu a opressão sobre um israelita ele deixou tudo o que tinha para trás. Ele viu o seu propósito. O que te faz irado? O que mexe com você?
Moisés tentou libertar um por um e fugiu. O seu propósito vai fazer você ser perseguido. Quarenta anos se passaram e deus foi ao encontro de Moisés e ele era agora um pastor de ovelhas. Mas Deus via que isso era apenas uma ocupação passageira, um emprego. Esse não era o propósito, não era a visão na vida de Moisés. O seu emprego é que te pagam para fazer. O seu trabalho é que você nasceu para fazer. O seu emprego foi o que você foi treinado para fazer. O seu trabalho foi o que você foi designado para fazer. O seu emprego é o que você faz. O seu trabalho é o seu dom. Você pode se aposentar do seu emprego, mas você não pode se aposentar do seu trabalho. Se você deixar o que está fazendo e continuar feliz é porque não está no seu propósito ainda. Você não pode fugir do seu propósito. Moisés fugiu e quarenta anos depois Deus veio a ele e perguntou se gostaria de terminar o que começou. Moisés estava com medo. Ele era um fugitivo, um assassino. Mas Deus estava colocando ele de volta no caminho e era com ele. Moisés deu uma desculpa. “Então disse Moisés ao Senhor: Ah, Senhor! eu não sou eloqüente, nem o fui dantes, nem ainda depois que falaste ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua” (Êxodo 4:10). Mas Deus o respondeu. “Ao que lhe replicou o Senhor: Quem faz a boca do homem? ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Êxodo 4:11-12). Logo depois Moisés um grande erro. “Ele, porém, respondeu: Ah, Senhor! envia, peço-te, por mão daquele a quem tu hás de enviar” (Êxodo 4:13). Não devemos usar “Senhor” e “outra pessoa” na mesma frase. A palavra Senhor no original significa amo, dono. Se eu digo que Deus é meu dono, que Ele me criou e depois falo para ele enviar outra pessoa, na verdade eu estou dizendo que Deus errou. Aquilo que você nasceu para fazer, Deus o designou. Aquilo que te falta, Deus também designou.
Deus estava falando pacientemente com Moisés até que ele disse para enviar outra pessoa para cumprir o propósito que Deus estabelecera para Moisés. É como se Moisés dissesse que Deus não sabia o que estava fazendo, que Ele havia errado. Afinal de contas, Moisés não sabia nem falar direito. “Então se acendeu contra Moisés a ira do Senhor, e disse ele: Não é Arão, o levita, teu irmão? eu sei que ele pode falar bem. Eis que ele também te sai ao encontro, e vendo-te, se alegrará em seu coração” (Êxodo 4:14). Deus sabia da debilidade de Moisés no tocante a sua fala. Porém Deus também sabia que Arão era eloquente. Se Deus simplesmente curasse Moisés para cumprir o seu propósito, o propósito de Arão nunca seria cumprido. Deus deu uma visão a Moisés, mas o desígnio de Moisés precisava do desígnio de Arão para ser cumprido. “Tu, pois, lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que haveis de fazer. E ele falará por ti ao povo; assim ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Êxodo 4:15-16). 

* Ver também: Liderança com Propósitos 1 - Introdução (19/01/13)
                        Liderança com Propósitos 2 - Mudança de Paradigmas (23/01/13)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estamos em Obras para Melhor Servi-los!

Quero avisar aos queridos irmãos e amigos que visitam o Blog que o mesmo está parado há algum tempo por que eu estou pensando em uma forma de remodelá-lo, tornando-o assim mais dinâmico e atraente. Por conta disto, até o nosso contador de visitantes zerou.
É claro que sta remodelação não segue apenas preceitos técnicos mas, principalmente, é uma busca do que Deus quer. Essa busca passa inicialmente pela vida do escritor para que seja transmitida verdadeiramente aquilo que o Senhor tem comunicado.
Agradeço a presença de todos os 4744 que visitaram, curtiram e compartilharam até hoje e, peço que tenham um pouquinho de paciência, pois em breve voltaremos.

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Um grande abraço e...
Paz de Jesus!

Marcelo Neves

quarta-feira, 27 de março de 2013

Volta as Origens X Incoerências

     No culto do TADEL, ontem à noite, na comunidade Evangélica Cristã de Cabo Frio, eu voltei aos primórdios onde, sentado em um banco da Primeira Igreja batista de moça Bonita-RJ ouvia mensagens de grandes missionários, inclusive de Catarina Jacobsen de Oliveira, esposa de meu querido amigo Pr. Armando De Oliveira Neto. Durante o TADEL, assistimos a ministração do Pr. Paul Jefrey da Igreja da Paz de Santarem-PA que falava sobre a sobre a obra missionária e sobre nunca desistir. Ele contou histórias de irmãos que perderam suas vidas pregando a palavra em locais extremamente difíceis, mas que hoje tem igrejas poderosas. Fiquei a pensar na contradição destes amados que morreram pregando o evangelho enquanto outros amados cobram fortunas para pregar este mesmo evangelho gratuito. Para terminar a seção nostalgia, cantamos a belíssima canção "Estou seguindo a Jesus Cristo".

Estou seguindo a Jesus Cristo
Desse caminho,eu não desisto
Estou seguindo a Jesus Cristo
Atrás não volto,não volto não

Atrás o mundo,Jesus a FRENTE
Jesus é o Guia Onipotente
Atrás o mundo,Jesus á frente
Atrás não volto,não volto não

Se me deixarem os pais e amigos
Se me cercarem muitos perigos
Se me deixarem os pais e amigos
Atrás não volto,,não volto não.

Depois da luta, vem a coroa
A recompensa é certa e boa
Depois da luta, vem a coroa
Atrás não volto,não volto não

quarta-feira, 13 de março de 2013

Direitos Humanos... Sei!!!


     Onde estão os fervorosos ativistas dos supostos direitos humanos agora. Atacaram com violência um igreja onde o Pr. Marcos Feliciano iria ministrar. Além de atrapalharem a realização do culto, infringindo nossa Constituição que nos dá o direito a liberdade religiosa, depredaram o patrimônio e ameaçaram a integridade física dele, sua família e, naturalmente, de quem estava presente. Porque estes fervorosos militantes não falam nada agora? Deve ser porque são as mesmas pessoas que infringem e ofendem um monte de direitos para terem mais direitos que os outros.
     Por conta disso, volta a dizer que estes gayziztas não querem os seus direitos, pois eles como cidadãos já os tem, mas querem muito mais em detrimento dos outros que os outros.
     Se é para protestar, porque não fazem quebra-quebra nos locais frequentados por Renan Calheiros ou, pior ainda de alguém que neste mesmo período foi empossado na Comissão de Constituição e Justiça tendo, ele mesmo, sido condenado pelo STF por conta do mensalão. Estou falando de ninguém menos que José Genuíno. Porque não fizeram quebra-quebra lá também? No mínimo estranho. Então, repito a pergunta: Onde estão os fervorosos ativistas dos supostos direitos humanos agora?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A ARTE DE VIVER EM MEIO A LAMA SEM SUJAR AS SUAS VESTES

     Estou postando este vídeo do Estratagema de Deus que fala sobre A GRAÇA DA GARÇA - A ARTE DE VIVER EM MEIO A LAMA SEM SUJAR AS SUAS VESTES. Já havia postado em outra oportunidade, mas certas mensagens são sempre importantes serem revistas. Para tanto peço que você se despoje de possíveis preconceitos e medite na mensagem deste rap "a capela".
     Depois de assistir, peço que deixe suas considerações nos comentários, para que assim, possamos nos aprofundar sobre o tema. 

Um grande abraço e ...
Paz de Jesus!

Marcelo Neves

domingo, 27 de janeiro de 2013

Triste

Neste dia em que o Brasil está em choque, eu fico chocado na verdade com algumas postagens que considero extremamente infelizes. Entendo que temos liberdade de expressão e religiosa, porém, também entendo que essa liberdade não deve constranger, ofender, magoar ou agredir quem já está, por muitas vezes, arruinado.
Vi postagens de corpos estendidos que eram no mínimo desnecessárias, na minha pequena opinião, só servindo para aumentar a dor de familiares e, porque não, da imensa família brasileira. Penso porém, que os teólogos de plantão ou profetas da desgraça são o que houve de pior em relação as postagens.  Neste momento, nós devemos estender nossas mãos ao céus e clamar a Deus pelos pais e familiares enlutados para que Deus os abrace, console e sustente nesta hora terrível. Todos estamos sujeitos a passar por momentos terríveis e devemos lembrar que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos...” (Lamentações 3:22).
Então, mais do que acusações do tipo: “peso da mão de Deus”, “justiça de Deus”, etc., devemos entender que infelizmente mais de 200 jovens e adolescentes perderam as suas vidas e não adianta nada fazermos conjecturas teológicas, pois elas não vão trazê-los de volta e nem aproximar de Deus os enlutados, pelo contrário. Devemos entender então que, o que devemos fazer é clamar a Deus pelos pais, familiares e amigos enlutados. Eles precisam do amor de Jesus imediatamente. Para isso devemos então deixar pra lá as postagens que não edificam, mas sim ferem, e dar a essas pessoas uma palavra de amor.
E a verdade não deve ser falada? Sim a verdade deve ser falada. A verdade de um Jesus que está pronto a enxugar TODA a lágrima.
Amados, essas famílias enlutadas precisam do AMOR DE JESUS. Assim como eu e você também. O mínimo que podemos fazer é orar.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Liderança com Propósitos 2 - Mudança de Paradigmas


        O texto a seguir foi premiado com a segunda colocação em um concurso literário e como fala de liderança resolvi postá-lo aqui com um pequeno acréscimo de texto bíblico no final.
Boa Leitura!

Desde que nascemos, temos sido cercados de paradigmas em tudo com que nos relacionamos. Segundo o dicionário Larousse Cultural, a palavra paradigma tem mesmo sentido de modelo, padrão ou norma. Baseado nisso, podemos dizer que somos cercados de modelos desde o nosso nascimento. O grande fato é que conforme envelhecemos, alguns paradigmas, ou boa parte deles, também envelhecem junto. Devemos aprender a como adquirir sensibilidade para percebermos que alguns paradigmas estão obsoletos e o seu uso tende a travar um sistema em constante evolução. Na verdade, é o caso de se ter uma adequação individual de valores adquiridos e incorporados a nossa personalidade. Digo isto sobre valores que não são fundamentais, mas que surgem muitas vezes em consonância com os que são, e por muitas vezes, se interpõe a estes.
            Ao longo da história da humanidade, podemos observar vários estilos de liderança. O primeiro estilo, que perdurou por muitos séculos, e ainda tende a nos assombrar, é o baseado no poder ou na demonstração deste. Desde o Australoptecus até o Homo-sapiens, vemos o líder se colocar nessa posição por ser o “macho alfa”, o mais forte do bando, o mais forte do grupo. Quando esta liderança se impunha, ela se valia do governo através do medo, do temor. Este estilo se contrapõe com a idéia que liderança é a arte de fazer com que as pessoas façam o que queremos que seja feito. Se os meus liderados fazem o que eu os direciono para fazerem, por imposição pura e simples. E se elas fazem por “livre e espontânea pressão”. Então, não estou exercendo nenhuma arte, e sim demonstração de poder. Este “poder”, instituído ou não, pode me conduzir a ruína, enquanto líder, e comprometer um objetivo maior.
Historicamente, temos vários exemplos de grandes lideres que caíram por terra por manterem um paradigma absolutista e soberbo. Por exemplo, podemos analisar o caso de Alexandre, o Grande. Este grande líder passou a vislumbrar uma utopia. Ele queria criar um grande império onde, primeiramente provocando uma união total de gregos e macedônios de uma maneira geral, sua legitimidade ao trono não pudesse ser contestada. E logo depois expandir seus domínios a todo mundo de então. Partiu em direção ao oriente, após conquistar o Egito. Após tirar a grande Babilônia das mãos de Dario, o medo, passou a não ouvir os constantes apelos de seus experientes generais. Eles transmitiam o iniciar do descontentamento das tropas, e deles próprios. Todos queriam descansar, voltar para suas casas e rever suas famílias. Alguns historiadores relatam que Alexandre estava se afastando cada vez mais da Macedônia por questões pessoais. Estava cansado da influencia manipuladora de sua própria mãe. E por conta disto, se não pensava em voltar nem tão cedo para a Babilônia, cidade que ele mesmo havia declarado ser sua nova capital.
O fato é que o uso do poder praticado por Alexandre se contrapôs a um novo paradigma que surgia. Preferiu não dar atenção ao assessoramento de seus, então fiéis, generais. O seu desejo insaciável de expandir o reino estava baseado em questões pessoais, sejam elas quais forem, e não em um objetivo maior. Este objetivo maior seria o próprio império, e a natural manutenção deste, com o seu povo feliz e bem cuidado, tendo a maior presença de seu governante, e suas tropas sempre bem motivadas. Se desse atenção a esses pequenos detalhes, teria expandido ainda mais seu império. Mas preferiu continuar com o seu modelo de liderança baseado no seu poder pura e simplesmente, e teve depois de sua morte prematura e provocada, seu império dividido entre seus generais sem deixarem vivo nenhum possível herdeiro.     
            Paradigma é uma boa palavra. Paradigmas são simplesmente padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Nossos paradigmas podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente. Mas podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades absolutas, sem aceitarmos qualquer possibilidade de mudança, e deixarmos que eles filtrem as novas informações e as mudanças que acontecem no correr da vida.
            Outro exemplo que pode ser citado, é um antigo paradigma em que se via os Estados Unidos como os “donos do mundo”. Exerciam um poder ameaçador sobre todos. Eram grandes demonstrações de poder militar, econômico, cultural e social. Tomaram para si a soberba hitlerista que pregava a existência de uma raça superior. Conceito este, anteriormente humilhado em plena Olimpíada de Berlim (1936).  Jesse Owens, um atleta americano de origem negra, ganhou simplesmente quatro medalhas de ouro diante de um Führer enfurecido. Logo após o final da guerra fria viu-se um império que, pensou-se, tornar-se ainda mais absolutista, já que aparentemente, não tinha mais adversários. Um ledo engano. As chamadas economias emergentes começaram a despontar, e o quem temos hoje, é um país que ainda tem algo a dizer, mas não de uma maneira tão absolutista dentro deste mundo globalizado. O novo paradigma mostra uma economia mundial altamente competitiva e que não se dobra aos interesses americanos facilmente. Hoje estes mesmos americanos, são obrigados a ouvir as chamadas “potencias emergentes”, em praticamente todos os assuntos. Parafraseando o Presidente Lula, por ocasião do quase desespero americano por ocasião da ultima crise econômica mundial: “o Bush que cuide dos seus problemas”.
O uso do antigo paradigma de liderança pode se entender como um “império de sofismas”. Segundo o mesmo dicionário já mencionado, sofisma pode se entender por: 1. Argumento que, partindo de premissas verdadeiras, ou julgadas como tal chega a uma conclusão absurda, mas difícil de ser refutada. – 2. Raciocínio vicioso, cuja base repousa num hábil jogo de palavras; é um argumento sedutor, aparentemente correto, mas na realidade falso, destinado a induzir o interlocutor a erro. – 3. Engano, logro. Entendemos também pelo mesmo dicionário que sofismar é: 1. Enganar ou lograr através de sofismas – 2. Encobrir com razões falsas. – 3. Distorcer um assunto, dar aparência de verdade ao que é falso. Podemos então entender que quem pratica este ato exerce a arte de fazer as pessoas pensarem o que eles querem, e não o que deve ser.
Um sofisma pode ser usado negativamente ou positivamente. Por exemplo, podemos analisar o caso de uma pessoa que foi pegar o resultado de um exame. Neste exame foi comprovada a existência de um câncer. O médico pode “matar” esta pessoa imediatamente, ou conduzi-la a cura. Se o médico, ou qualquer outra pessoa, começar com negativismo, esta pessoa estará sendo sofismada. Mas se colocarem para ela que hoje temos tratamentos mais eficazes, ela poderá se erguer das cinzas como uma Phoenix.  Uma liderança baseada no velho paradigma estará impondo com suas atitudes, sofismas em seus liderados.  Tomemos um velho dito popular para analise: “rapadura é doce, mais não é mole não”. Quando eu faço esta afirmação, estou chamando a atenção dos ouvintes para o fato de apesar de doce, a rapadura é difícil de comer, pois é muito dura. Mas se eu uso esta mesma expressão, invertendo seus adjetivos, a idéia a ser transmitida também vai mudar. Senão vejamos: “rapadura não é mole não, mas é doce”. Podemos perceber que a rapadura continuou dura e difícil de comer, mas foi ressaltado que vale a pena tentar, porque ela, apesar de dura, é doce. Uma só palavra pode levantar ou derrubar o moral de uma tropa.
            Certa vez, ouvi de um grande amigo: “Um líder só sabe que é um bom líder quando ele olha por detrás de seus próprios ombros. Se ele for um bom líder verá muitos seguidores. Caso contrário não verá ninguém” (Sérgio R. Franco).  Líderes que sabem que são líderes, não precisam impor sua liderança. Ela se impõe naturalmente. Um novo paradigma de liderança mostra líderes que caminham com seus liderados. Líderes que conhecem seus liderados e estimulam o seu crescimento. Vale lembrar o foi escrito anteriormente neste artigo: liderança é a arte de fazer com que as pessoas façam o que queremos que seja feito. Se simplesmente eu dou uma ordem de maneira curta e grossa, passando a idéia de que a ordem tem que ser cumprida daquele jeito porque “EU” quero assim, eu não tenho liderados e sim robôs. Mas se eu faço com que comprem a minha idéia, eu tenho liderados que me seguirão em qualquer guerra. Para isso eu posso até me valer da arte de sofismar, desde que positivamente. Um líder só existe na presença de liderados. Eu posso comandar um grupo qualquer, sem necessariamente liderá-los. Mas quando, mesmo tendo o direito e o dever de exercer a palavra final, ouço meus subordinados, independente de origem social, estou valorizando suas experiências e conquistas. Valorizando os membros do meu grupo, estou abrindo as portas para uma liderança eficiente, eficaz e próspera. Quem sabe assim venhamos a ter o mesmo reconhecimento que teve Leônidas, que mesmo sabendo da dificuldade de sua missão, esteve ladeado por trezentos bravos espartanos, que compraram a idéia de que valia a pena olhar a morte face a face junto com seu líder, pois este estava defendendo um objetivo maior e não sua glória pessoal.
             Precisamos mudar nossos paradigmas, nossos modelos, nossas mentes.
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).

* Ver também: Liderança com Propósitos 1 - Introdução (19/01/13)

sábado, 19 de janeiro de 2013

LIDERANÇA COM PROPÓSITOS 1 - INTRODUÇÃO



Desde quando éramos crianças, aprendemos sobre liderança. Essas lições se dão em nosso ambiente comum. Nossa família, escola, amigos da rua. Todos esses são exemplos de ambientes comuns onde podemos aprender várias lições. As lições sobre liderança estão incutidas nesses ambientes. Conforme crescemos, temos um acréscimo de ambientes que também estão repletos de lições, inclusive sobre liderança. Faculdade, trabalho, clube, etc. O fato que crescemos aprendendo essas lições que, por muitas vezes adotamos e, por outras vezes queremos abolir de nossas vidas.
Em nossa família podemos ter tido um modelo de liderança extremamente patriarcal, engessado e rígido. Este modelo pode trazer revolta ou, simplesmente ser absorvido como o modelo correto. Nas escolas e nas faculdades vemos os alunos mais descolados sendo os populares e, logicamente os mais seguidos. No trabalho vemos vários exemplos de chefes que nem sempre são líderes por excelência, mas que simplesmente despejam sua arrogância sobre os seus subordinados e querem que o serviço saia conforme desejam e nos prazos fixados.
O grande problema é quando temos modelos de liderança eclesiástica que nos afastam de um modelo genuinamente bíblico. São patriarcais, ou populares, ou arrogantes, etc. Mas como então, identificaremos e desenvolveremos um modelo de liderança genuinamente bíblico? Vamos então, tentar responder essa e outras perguntas no decorrer dos textos que se seguirão.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Mudanças


       Depois de uma virada de ano envolto em nossa mudança do Rio de Janeiro para São Pedro da Aldeia, inclusive ficando sem internet todo esse período, estamos de volta as nossas publicações no blog.            
  Estamos vivendo um período de novidades e constantes descobertas. Afinal, não foi uma mudança de uma rua para a outra. São muitos aspectos envolvidos e o novo, geralmente, tende a despertar um certo receio, ou até mesmo, medo. Porém, tenho aprendido que a coragem não é a ausência do medo, mas sim a superação e enfrentamento do mesmo. "No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor" (1 joão 4:18).

       Neste novo ano que se inicia, devemos enfrentar todos os receios e medos e ter uma fé sobrenatural. Para isso devemos entender que não somos perfeitos mas que estamos buscando o que é perfeito. Sendo assim precisamos transformar as nossas mentes (alma, intelecto) todos os dias. "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2).

Um 2013 abençoado,
Um grande abraço e...
Paz de Jesus.

Marcelo Neves