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sexta-feira, 17 de julho de 2015

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

Minha querida esposa, Flavia Neves, publicou em seu Facebook, um texto de Mario de Andrade. Quando li o texto, curti imediatamente. Depois meditando nas palavras contidas nele, formulei um pensamento e  o postei de pronto como comentário. Me senti o próprio personagem, cujo pensamento dita o texto em questão. Concordei com o pensamento de Mario de Andrade ao ponto de parafraseá-lo. Quero então, neste momento, reproduzir aqui o texto e logo após o meu comentário.


Nada melhor pra terminar a noite..."O valioso tempo dos maduros", de Mário de Andrade: “Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa. Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!" 
(Mário de Andrade)

Penso assim! Já não tenho tempo para desperdiçar com picuinhas. Ando impaciente com conversas enfadonhas que não levam a nada. A imaturidade dos que se dizem mestres esbanjando conhecimento fútil, conta com a minha sincera insensibilidade. Prefiro estar no simples, fácil e tranquilo. Prefiro estar com gente que erra, mas admite e busca ajuda para acertar. Prefiro rir, brincar e rir de novo. Rir de mim mesmo se for o caso. Prefiro voltar a essência. Prefiro voltar a Jesus.

Para sua meditação!

Um grande abraço e...
Paz de Jesus!

Marcelo Neves


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