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domingo, 12 de junho de 2011

Conhecendo um pouco mais a Bíblia

Bíblia – O Livro
    Não encontramos o vocábulo “Bíblia” no texto das Sagradas Escrituras. Esse nome provém do grego, tendo como origem o termo “papiro”. A forma de escrita mais disseminada na Antigüidade era com o uso do papiro. Por sua vez, os gregos chamavam o papiro de biblos, um rolo de papiro era um bíblion e vários destes era uma “bíblia” ou livro. A palavra “bíblia” significa, assim, “livros pequenos” ou “coleção de livros pequenos”. Grande parte dos escritos sagrados nas sinagogas era escrita em papiro (Lc 4.17).
    O papiro foi um dos principais materiais usados para escrever os manuscritos bíblicos. O centro da indústria do papiro era o Egito, onde teve início a sua utilização. Antes do surgimento dos equipamentos gráficos os livros eram escritos a mão, em forma de rolos, em materiais como o papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta que crescia junto aos rios. A entrecasca, depois beneficiada, formava rolos de grande extensão, permitindo a escrita. A Bíblia menciona o papiro diversas vezes: Ex 2.3; Jó 8.11; Is 18.2. Em algumas passagens, a Bíblia menciona junco, no lugar do papiro. Na verdade, o papiro era extraído de uma espécie de junco gigante. A palavra papel também é derivada de papiro. O uso desse material data do ano 3 mil antes de Cristo.
    O pergaminho foi o outro material usado para escrever os manuscritos bíblicos. Esse nome está relacionado com Pérgamo, cidade que ficou famosa pela fabricação de pergaminhos, cuja matéria-prima era de peles de animais, sendo material bem mais durável e resistente que o papiro para a escrita (2 Tm 4.13). O pergaminho é um material de uso mais recente, aplicado a partir do Novo Testamento.
    Mais recentemente, no final da Idade Média, foi inventada a imprensa. O primeiro livro impresso foi a Bíblia, em 1452, em alemão. A partir de então, a difusão dos ensinos bíblicos tornou-se mais rápida e eficiente. Hoje a Bíblia é divulgada de diversas formas, inclusive por meio de gravação (áudio), vídeos, programas de computador, Internet e outros meios.
    Os estudiosos no assunto afirmam que a expressão Bíblia foi primeiramente adotada por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no V século de nossa era.
    Alguns outros nomes pelos quais a Bíblia é conhecida: Escrituras (Mt 21.42); Sagradas Escrituras (Rm 1.2); Livro do Senhor (Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12); Os oráculos de Deus (Rm 3.2).
    A arqueologia moderna tem sido a maior fonte científica que comprova a infalibilidade do Livro Sagrado. A história da Bíblia, como chegou até nós, é encontrada em seus manuscritos. Manuscritos são livros da antiga literatura, escrito à mão.
A Estrutura da Bíblia
    A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo e o Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo. Esses livros foram escritos no período de 16 séculos e tiveram cerca de 40 escritores. Foram pessoas de diversas épocas, diversas línguas, profissões diferentes, mas revelando uma mesma mensagem: aquela que o Supremo Autor desejou passar. Aqui está o grande milagre da Bíblia.
    Testamento vem do grego “diatheke” e significa aliança ou concerto. Hoje, testamento é um documento que contém a vontade de uma pessoa quanto a distribuição de seus bens após a morte. Essa duplicidade de sentido ensina que a morte do testador (Cristo) ratificou ou selou a Nova Aliança, o que nos garante toda a sua herança (Hb 9.15-17). O termo Antigo Testamento foi usado pela primeira vez por Tertuliano e Orígenes.

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